Mundos Subjetivos
15:21
Que significa estar sozinha?
Ter saído de casa? Morar longe da família? Não
estar em um relacionamento? Passar o fim de semana sem ver ninguém? Ser filha única?
Para mim, viver significa estar sozinha. E isso não
precisa ser algo ruim.
Cada um tem sua própria história, que nunca será
realmente compreendida por quem não a viveu. Seus medos, seus traumas, suas
angustias, seus desejos e seus anseios são só seus. Assim como os meus são só
meus. O mundo esta ai para todos, mas nossa mente é exclusivamente nossa.
Existe apenas uma Terra, mas existem mais de 7 bilhões de interpretações da mesma.
No final, será sempre cada um por si, preso em seus
próprios pensamentos, em suas próprias viagens, suas próprias percepções e
sentidos.
A vida sempre nos será subjetiva, e esperar que o
outro se molde aos nossos padrões e seja contemplado por eles é inútil e
humilhante. Devemos desapegar de nossas próprias limitações e não aprisionar
aqueles que estão ao nosso redor.
Não adianta mudarmos e esperar que os outros mudem
em nosso ritmo, assim como não nos cabe julgar as escolhas alheias, porque simplesmente não
vivemos as histórias das outras pessoas.
Nossa jornada sempre será única, mas deve ser
sempre respeitada como verdadeira, pois, no fundo, todos estamos dando o melhor
que podemos nas situações que nos são apresentadas sem aviso prévio.
E tudo isso não significa que devemos nos fechar em
nossos próprios mundos. A diferença entre as pessoas é o que nos faz crescer.
Se todos fossemos iguais, não existiria a possibilidade de continuar aprendendo, e a vida
certamente seria muito mais sem graça.
Também não significa que não devemos auxiliar as
pessoas que aparecem em nosso caminho, porque acredito que uma das maiores
recompensas que existem é fazer a diferença (para o bem) na vida (ou no dia) de
alguém.
O que quero dizer é que existem fases em que sinto
a necessidade de introspecção, e isso não significa que eu ame menos as pessoas
ou queira o mal de ninguém. Isso apenas significa que preciso me dedicar mais
aos meus próprios devaneios. A mudança, afinal, sempre deve começar
internamente.
Do mesmo jeito, também tenho períodos mais
extrovertidos que tenho vontade de ficar o mais próximo de amigos possível. Em
ambas as fases, cresço e aprendo. Assim como a natureza, também somos feitos de
ciclos que se alternam e nos trazem novas percepções. Mas como as outras
pessoas sentem as situações semelhantes, para sempre será um mistério.
De uma forma ou de outra, sempre estaremos
conectados por algo que esta além de qualquer escolha: a humanidade. Intrínseca
e eterna em cada um.
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