Luz e Sombra, Dois Lados da Mesma Moeda

11:00



Se existe algo que acredito plenamente, esse algo é que todos nós, seres humanos, vivemos oscilando entre dois extremos: o bem e o mal, a luz e a sombra. 
A diferença entre nós e os outros seres que dividem este planeta conosco, é o conflito constante em que vivemos.


Tratamos bem as pessoas que não conhecemos e descontamos as tensões dentro de casa; pregamos valores sobre amor ao próximo e depois nos fechamos em atitudes egoístas; julgamos aqueles ao nosso redor e depois repetimos as ações sem nos darmos conta; queremos ter pessoas ao redor para favorecer nosso próprio ego e não nos aprofundar e crescer juntos; criamos expectativas de quem queremos ser e depois não trabalhamos para manter essa postura; e assim vai.
Somos colocados no mundo sem preparo, e precisamos achar a melhor maneira de lidar com esse duelo que acontece sem cessar. Nosso inconsciente é proporcional ao nosso lado consciente, assim como nossa sombra é do mesmo tamanho que todo nosso brilho. 

Mas conflitos geram outros conflitos, e, embora esses padrões sejam predominantemente interiores e intrínsecos a cada um de nós, acabam tornando-se a causa básica dos padrões externos que regem a história. Todas as guerras, disputas, brigas e desentendimentos que marcam nossas vidas pessoais e os ciclos naturais que variam entre períodos de paz e períodos de guerra surgem do conflito interior que somos obrigados a lidar. 
Tanto há períodos em que nos achamos muito próximos da perfeição, quanto fases que temos certeza que estamos regredindo como pessoas e caminhando no sentido contrário. Assim é feita a vida: dois passos para a frente e um para trás, viciosamente. 

Se é possível sair desse padrão de conflitos interiores e ciclos que parecem infinitos? Não tenho certeza. Acredito que essa deve ser a busca individual de cada um. Pessoalmente, preferi crer que sim, e continuar tentando todos os dias, as vezes voando e as vezes caindo. 

Mas não há fórmula para isso, e o único meio de chegar à teoria é através da prática e experimentação. Principalmente porque cada um deve ter seu próprio meio de chegar a um equilíbrio que (talvez) seja universal, precisando, antes de mais nada, conhecer a si mesmo. 
Não existe manual de instrução de como ser humano, e não existe dicionário que explique qual é o verdadeiro significado de equilíbrio. Culpa nunca será a solução, mas tampouco será a abstração de nossas próprias ações. Resgatando o valor da intuição, acredito plenamente que as respostas sempre estarão dentro de cada um e não fora, e só depende de nós busca-las. 

Segundo Buda, "[...] a vida é um instrumento musical. Ela precisa de uma certa tensão, mas somente uma certa tensão. Menos que isso a sua vida será frouxa demais e não haverá música. Se a tensão for demais você começará a entrar em colapso, você começará a ficar louco.[...] Primeiro você viveu uma vida muito relaxada e você perdeu a música interna; agora você está vivendo uma vida muito rigorosa – você ainda está perdendo a música. Não existe uma maneira de se ajustar as cordas da cítara de tal forma que elas fiquem exatamente exata de tensão, para que a música possa surgir?”.




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